Um vídeo que circula em grupos de WhatsApp mostra um frango vivo pegando fogo no cemitério em Erechim/RS, no Alto Uruguai gaúcho, gerou muita repercussão nas redes sociais. No vídeo, é possível ver o animal em chamas e a publicação é acompanhada pela identificação do perfil “Sacerdote Marcos de Marabô – Umbanda e Kimbanda”.
Em contato com a reportagem do RS Agora, o Sacerdote Marcos de Marabô explicou que o vídeo mostra um ritual religioso, no qual o galo deveria ser sacrificado de maneira tradicional. Segundo ele, durante a cerimônia, a ave acabou escapando antes de ser abatida e foi em um local onde havia álcool, usado no ritual, que causou o incêndio.
Marcos de Marabô também comentou que o sacrifício de animais em rituais religiosos é permitido por uma lei estadual do Rio Grande do Sul, a Lei 12.131/2004, que foi considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o sacerdote, rituais como esse acontecem com frequência em lugares como cemitérios, matas e rios, como parte de tradições religiosas de matrizes africanas. Ele também destacou que os animais sacrificados são consumidos pelos participantes dos rituais ou, em alguns casos, destinados a famílias carentes, sempre levando em consideração o estado de saúde e higiene dos animais.
Ele ainda lembrou que o abate de animais, em outros contextos, como no comércio de carne ou na produção de vestuário, também acontece sem a mesma atenção pública, apesar de seguir práticas semelhantes.
Fonte: RS Agora via Roberto Lorenzon
Publicação Joraci de Lima